A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19/6), a Operação Balaiada, que investiga crimes previdenciários no Maranhão. Segundo a corporação, são cumpridos 15 mandados de prisão e 23 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo Federal de Caxias (MA).
O trabalho da denominada força-tarefa previdenciária envolve cerca de 130 policiais federais dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, além dos funcionários deslocados pelo Ministério da Previdência. As investigações foram iniciadas, diz a PF, em abril de 2007.
De acordo com a Polícia, no nome da operação “é uma alusão à revolta de fundo social, ocorrida entre 1838 e 1841 no interior da então Província do Maranhão, hoje município de Caxias, tendo como motivo a disputa pelo controle do poder local”.
Em relatório divulgado no final da manhã desta quinta-feira, a PF sustenta que “as prisões são dirigidas a um servidor do INSS, responsável por habilitações e concessões de benefícios previdenciários, e também a 14 aliciadores, todos da cidade de Caxias/MA”. Os prejuízos aos cofres da União, de acordo com as investigações, podem chegar a R$ 1,7 milhão.
A PF afirma que “a quadrilha desarticulada praticava a arregimentação de idosos para que os mesmos se passassem por terceiros com o intuito de obter a concessão/renovação de benefícios previdenciários ou assistenciais”. Também são investigadas a fraude em documentos e a aquisição de cartões magnéticos de saque de benefícios de pessoas mortas com a falsa promessa, aos familiares, de transformá-los em pensionistas.
Revista Consultor Jurídico