O Ministério Público Federal, em Passos (MG), denunciou à Justiça Federal 29 pessoas ligadas à Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil), suspeitos de participação em um esquema de adulteração do leite que ocorria há quase dois anos. A informação é da Agência Brasil
De acordo com a denúncia, o grupo adicionava soro e substâncias químicas no leite para reduzir a acidez do produto, o que assegurava maiores lucros nas vendas. Os denunciados são acusados de crimes contra a saúde pública e relações de consumo, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva. As penas previstas variam de oito a 24 anos de prisão.
Além da responsabilização dos empregados da Casmil, o MPF incluiu no rol de denunciados o engenheiro químico responsável pela fórmula e os funcionários do Serviço de Inspeção Federal, “que teriam se omitido na fiscalização e recebido propina para ignorar a fraude.”
O esquema foi descoberto em outubro do ano passado pela Operação Ouro Branco, da Polícia Federal. A denúncia dos procuradores de Passos encerra inquérito policial que tramitou na 1ª Vara da Justiça Federal de Passos.
Este é o segundo caso de adulteração de leite flagrado em Minas. Em maio passado, a Justiça Federal mineira havia recebido denúncia do MPF em Uberaba (MG) contra 18 pessoas, também acusadas do mesmo crime. O produto, nesse caso, era comercializado pela Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Copervale).
Revista Consultor Jurídico