Petrobras não representa “ameaça à segurança de qualquer país”, diz Dilma em nota

O Palácio do Planalto divulgou nesta segunda-feira (9/9) nota oficial em que diz que a Petrobras não representa “ameaça à segurança de qualquer país” e que tomará “todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas” após as denúncias de que o governo norte-americano teria espionado não só o governo brasileiro, mas também a petrolífera.

“Tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas. De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas”, afirma a presidente Dilma Rousseff, em nota. “A Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país”, disse.

Novos documentos vazados da NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos) afirmam que a rede privada de computadores da Petrobras foi alvo de espionagem do governo norte-americano. As informações foram divulgadas na noite deste domingo (08/09) pelo programa Fantástico, da TV Globo. Os documentos foram obtidos pelo jornalista norte-americano Glenn Greenwald através do ex-agente Edward Snowden, exilado na Rússia, e que divulgou outros milhares de registros em junho.

Dilma afirma, ainda, que o governo brasileiro está “empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas”

Leia a íntegra da nota

“Mais uma vez, vieram a público informações de que estamos sendo alvo de mais uma tentativa de violação de nossas comunicações e de nossos dados pela Agência Nacional de Segurança dos EUA. Inicialmente, as denúncias disseram respeito ao governo, às embaixadas e aos cidadãos – inclusive a essa Presidência. Agora, o alvo das tentativas, segundo as denúncias, é a Petrobras, maior empresa brasileira. Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro.

Assim, se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos.

Por isso, o governo brasileiro está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas, bem como em exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, a nossa soberania e aos nossos interesses econômicos.

Tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas. De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas.”

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