Polícia Federal nega prisão de ex-agentes penitenciários federais

A assessoria da Polícia Federal negou que dois agentes penitenciários federais demitidos na última sexta-feira tenham sido detidos na manhã de hoje após uma entrevista coletiva na sede da Justiça Federal, no Parque dos Poderes.

Segundo a PF, um inquérito foi instaurado na terça-feira (10) para apurar um crime de calúnia contra autoridades públicas, entre elas o juiz federal Odilon de Oliveira, que envolve os ex-agentes.

Ainda de acordo com a polícia, Yuri Matos, ex-presidente do Sindicato dos Agentes Federais em Mato Grosso do Sul e o também exonerado Valdemir Albuquerque, foram “convidados” a ir à superintendência da PF prestar esclarecimentos sobre este inquérito. Eles estavam acompanhados de advogados.

Na manhã de hoje, os dois ex-agentes e a corregedora do TRF (Tribunal Regional Federal), Suzana Camargo, protagonizaram um bate-boca com acusações e defesas ao juiz federal Odilon de Oliveira.

O magistrado foi o ponto central da coletiva à imprensa convocada para está quinta-feira, depois de denúncias de que Odilon teria favorecido o traficante Juan Carlos Abadia, para extradição aos Estados Unidos e também seria o responsável por escutas clandestinas no Presídio Federal de Campo Grande.

No entanto, além dos jornalistas, os 4 ex-servidores federais demitidos pelo Ministério da Justiça também compareceram à reunião e não controlaram a indignação diante de elogios rasgados a Odilon.

O alvo – Sentado na primeira fila, o juiz, figura central da discussão, permaneceu o tempo todo calado. Apenas concordava com a cabeça com a argumentação da juíza e soltava sorrisos irônicos diante das agressões dos ex-agentes. Quando o clima começou a esquentar novamente, os policiais a paisana que protegem Odilon – o único juiz com esse tipo de escolta no Brasil, cercaram o magistrado temendo a aproximação dos ex-servidores, principalmente de Ivanilton Morais Mota, o mais exaltado dos 4 presentes. Ivanilton se aproximou da corregedora e pediu uma acareação entre Odilon e os ex-agentes. “Tire todos daqui e só deixe nós e o juiz”, defendeu. A resposta foi o sorriso irônico do magistrado e uma negativa da corregedora. A corregedora chegou a transferir audiência para outra sala, mas depois à coletiva foi encerrada.

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