Polícia Federal teria pedido transferência do juiz Odilon

A Superintendência de Polícia Federal de Mato Grosso do Sul teria encaminhado pedido ao Conselho da Justiça Federal para que transfira o juiz Odilon de Oliveira a outro estado. A alegação é de que, em Campo Grande-MS, o juiz vive sob “nível de risco altíssimo” e a estrutura disponibilizada pela PF para manter sua segurança estaria gerando “custos elevados” para o órgão.

A informação está no blog do jornalista Frederico Vasconcelos, hospedado no portal da Folha de São Paulo. Tanto o juiz como a Superintendência de Polícia Federal foram procurados para confirmar ou negar a informação. Os telefones do juiz não atenderam, nem do escritório, nem de sua casa. A Justiça Federal está em recesso. Na Superintendência, a assessoria ficou de verificar o caso e retornar com uma manifestação oficial da direção.

Segundo o jornalista Frederico Vasconcelos, o juiz Odilon encaminhou mensagens a outros juízes federais reclamando do pedido da PF. O processo é sigiloso e o fato gerou desconforto, com risco de azedar as relações entre a Polícia Federal e a Justiça Federal. Odilon de Oliveira vive sob escolta de policiais federais 24 horas por dia, desde que condenou uma série de acusados de integrar quadrilhas de traficantes e contrabandistas na fronteira com o Paraguai.

O principal réu de Odilon é Fahd Jamil Georges, homem forte de Ponta Porã até o início da década. Ele está foragido após ter sido condenado a 28 anos de reclusão e ter os bens confiscados, inclusive sua mansão, símbolo da imponência da família Georges na fronteira. Odilon condenou 114 traficantes, sofreu inúmeras ameaças de morte e em pelo menos uma vez os bandidos chegaram a tentar assassiná-lo, dentro do hotel de trânsito do Exército, em Ponta Porã, onde o juiz “morava”.

O jornalista Frederico Vasconcelos cita trechos da mensagem que teria sido encaminhada por Odilon para outros magistrados. O juiz critica, em termos duros, o fato de que, para realizar operações com centenas de policiais sobram agentes e o dinheiro é farto, bem como armamento de guerra. Para proteger a vida de um juiz “que se encontra nessa situação exatamente por ter passado duas décadas cooperando com a própria Polícia Federal”, combatendo o crime organizado, não haveria estrutura e os gastos seriam altos, ainda segundo Oliveira.

Mais tarde o mesmo blog publicou uma matéria afirmando que Odilon disse que tudo “está dentro dos padrões e não há problemas” não comentando sobre sua transferencia.

Fonte Midiamax

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