Está tudo pronto. Hoje (16) às 14 horas, o presidente do Tribunal de Justiça de MS, Des. João Maria Lós, inaugurará o novo fórum da comarca de Inocência. Orçada em R$ 2,6 milhões, a obra começou em dezembro de 2015 e disponibilizará para a população daquela comarca a melhor estrutura de um fórum de primeira instância. O prédio está situado na Rua Albertina Garcia Dias, Lote I, Quadra H, no centro de Inocência.
Com 931,92 m², o prédio terá gabinete, sala de audiência, plenário do Tribunal do Júri, cartório cível/criminal, cartório do Juizado Especial, salas para conciliação, para assessoria, distribuição, secretaria, para oficiais de justiça, assistente social, Defensoria, Promotoria, OAB, banheiros coletivos e hall de entrada com espera climatizada.
O prédio terá ainda estacionamento privativo murado e com cerca elétrica, proporcionando maior segurança ao juiz, além de estacionamento para os funcionários e público. Como já ocorre há algum tempo nas obras do Poder Judiciário de MS, a edificação é plenamente acessível, com rampas, sinalização tátil de pisos e calçadas, além de banheiros adaptados para atender aos portadores de necessidades especiais.
Outro ponto muito significativo é a sustentabilidade e eficiência energética, baseando-se nas questões ambientais e nas orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Por isso, o prédio tem sistema de captação, armazenagem e reaproveitamento de águas pluviais para limpeza externa e molhagem do jardim, condicionadores de ar tipo split, telhas termoacústicas, pintura de paredes externas em cores predominantemente claras, luminárias e lâmpadas de alta eficiência.
A comarca de Inocência foi criada pela Lei nº 664, de 18/09/86, instalada no dia 23 de janeiro de 1987, e atualmente compreende o município de Inocência e o distrito de São Pedro. Dos juízes que atuaram em Inocência citem-se Sebastião Lino Simão (25/06/87 a 17/04/89), Waldir Marques (08/08/89 a 15/09/93), Alexandre Corrêa Leite (25/11/93 a 28/02/96), Mariel Cavalin dos Santos (22/05/00 a 01/07/01), Alessandro Carlo Meliso Rodrigues (16/08/02 a 25/04/05), Eduardo Floriano Almeida (19/06/06 a 13/11/08), Walter Arthur Alge Netto (15/05/09 a 01/09/11) e Flávia Simone Cavalcante Costa (08/12/11 a 12/12/15).
História – Mesmo quem não conhece Inocência já ouviu falar da cidade em razão do livro de Visconde de Taunay publicado em 1872. A obra literária retrata os costumes, pessoas e ambientes do município e é considerado regionalista por valorizar costumes do meio rural, além de particularidades da natureza e ressaltar características nos personagens da região como a hospitalidade, preservação de honra, casamento como acordo entre famílias, analfabetismo, comportamento vingativo, crendice e juramentos a santos.
As terras ocupadas pelo município de Inocência, de acordo com o IBGE, foram inicialmente povoadas por criadores de gado. Estabelecidos, começaram a sentir as dificuldades de comunicação e comercialização, por estarem distantes dos núcleos urbanos. Assim, fundaram um povoado.
Em 1947, reuniram-se e estabeleceram as bases do empreendimento e adquiriram quatro alqueires goianos de terras, localizadas entre os córregos Sanfona e Viola. As terras foram loteadas e, iniciadas as vendas, foram aparecendo as primeiras construções. Surgia então um novo povoado com a denominação de Bocaina.
Em 1951, em imóvel cedido por Alexandre Batista Garcia, foi instalada a primeira escola. Nesse mesmo ano, por iniciativa e colaboração de seus habitantes, surgiu uma igreja católica. O povoado teve a denominação alterada para Inocência.
O topônimo do município foi adotado em uma homenagem ao romance Inocência, de Alfredo de Escragnolle Taunay, conhecido como Visconde de Taunay, cujo enredo retrata fatos e costumes da região.