As obras do centro de treinamento do Clube de Regatas Vasco da Gama, no município de Duque de Caxias, se tornaram alvo de uma Ação Civil Pública. O Ministério Público Federal em São João de Meriti (RJ), juntamente com a Associação Ecocidade, querem interromper as obras. Segundo o MPF, as construções foram feitas em área de manguezal sem licença ambiental.
Além disso, a metade do terreno, que é de propriedade da União, foi sublocada pelo clube para o município, que iniciou as obras de um hospital. Por se tratar de área de preservação permanente, o MPF quer que a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o município não concedam mais qualquer licença ambiental para construção de obra no terreno e que o clube retire todo o entulho do local e recupere a área degradada.
A ação, movida pelo procurador da República Renato de Freitas Souza Machado, é contra a União, o estado do Rio de Janeiro, o município de Duque de Caxias, a Feema, o Ibama e o Clube de Regatas Vasco da Gama. O processo foi distribuído à 4ª Vara Federal de São João de Meriti.
O MPF pede, ainda, a fiscalização do Ibama e da Feema nas obras do Hospital Dr. Moacyr Rodrigues e no depósito onde estão sendo colocados os entulhos para que não avancem para a área do manguezal. Além disso, o procurador da República quer que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente encaminhe à Feema, no prazo de 30 dias, relatórios que comprovem a qualidade do material depositado no terreno para que não seja despejado lixo comum no local.
Caso as determinações não sejam cumpridas, o MPF quer que a União retome os imóveis e impeça a continuidade das obras e o despejo de qualquer material no local. O MPF requer ainda o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta, firmado entre o clube e o Ministério Público.
Processo 2007.51.10.003863-7
Revista Consultor Jurídico