Reclamante e União Federal podem ficar com o Solar Amado Bahia

O pregão do Solar Amado Bahia, que estava marcado pela Justiça do Trabalho para esta quinta-feira, dia 6, teve que ser sustado. A União Federal pediu vistas do processo, por se tratar de um bem tombado pelo patrimônio histórico e deverá manifestar-se quanto à sua preferência na aquisição do imóvel. O reclamante no processo que levou o casarão à penhora, o professor Haroldo Patrício Ribeiro, também já manifestou interesse em ficar com o bem para si (ajudicar) como parte do pagamento. Caso a União libere o bem, ele é que terá a preferência.

Construído no início do século 20, com estrutura de tijolo envolvida por ferro fundido em estilo neo-gótico vindo da Inglaterra, o casarão, com dois pavimentos, está localizado na Rua Porto dos Tanheiros, 80, na orla da Ribeira. Foi penhorado em um processo que tramita na 5ª Vara do Trabalho de Salvador para o pagamento de uma dívida trabalhista superior a R$ 300 mil. O processo, com mais de 17 anos, já passou por vários recursos e até mesmo por um acordo entre as partes, que acabou sendo fracassado pelo fato de a primeira parcela negociada ter sido paga com cheque sem fundos.

O casarão consta do lote 75 do leilão do TRT5, ao lado de outros imóveis avaliados no total em R$ 385 mil, e cujas penhoras foram feitas há 11 anos – o Solar está avaliado em R$ 150 mil. O conjunto de bens pertence à Associação dos Empregados do Comércio da Bahia que recebeu o Solar como doação, em 1956, da família do próspero comerciante de carnes Francisco Amado Bahia. O histórico casarão foi inaugurado em 1901 com 52 cômodos e durante anos figurou como um dos cartões postais da cidade de Salvador.

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