Renascimento do jornal – Gazeta Mercantil vai voltar a circular, diz empresa

A Gazeta Mercantil vai voltar a circular, segundo o dono da marca, Luiz Fernando Levy. Em comunicado, a empresa lamenta pela interrupção do jornal, que desde essa segunda-feira (1/6) não circulou mais. Diz que a decisão de parar de publicar o jornal foi unilateral e partiu de Nelson Tanure, que rescindiu o contrato de uso da marca. O jornal tem 90 anos de história.

“Entretanto, queremos esclarecer que a mencionada interrupção é momentânea e, no menor tempo possível, a Gazeta Mercantil voltará a circular com os padrões de credibilidade, que constituíram seu paradigma de excelência”, diz o comunicado, divulgado para “tranquilizar” anunciantes, assinantes, leitores e o público em geral.

A empresa de Levy afirma ainda que Companhia Brasileira de Multimídia, de Nelson Tanure, “deverá arcar com todos os encargos decorrentes deste ano, que nós repudiamos e enfrentaremos com decisão”.

Há uma semana, a CBM anunciou a rescisão do contrato de licença de uso da marca Gazeta Mercantil, a partir de 1º de junho. Em comunicado publicado no próprio jornal, dizia que as dívidas trabalhistas — que giram em torno de R$ 200 milhões — inviabilizavam a continuidade da publicação e que o responsável por elas seria Luiz Fernando Levy.

Leia o comunicado

COMUNICADO

A GAZETA MERCANTIL S/A e a GAZETA PARTICIPAÇÕES S/A, proprietárias da marca GAZETA MERCANTIL dada em usufruto e licenciada à CBM, lamentam o brusco encerramento das negociações entabuladas com esta, as quais objetivavam a continuidade da publicação do Jornal Gazeta Mercantil, sem a interrupção decidida unilateralmente pela usufrutuária e licenciada.

Entretanto, queremos esclarecer que a mencionada interrupção é momentânea e, no menor tempo possível, a Gazeta Mercantil voltará a circular com os padrões de credibilidade, que constituíram seu paradigma de excelência, até o alijamento de Luiz Fernando Ferreira Levy da direção editorial, em virtude do qual este ficou impedido de exercer as funções e encargos de “guardião da marca”, que os contratos com a CBM lhe atribuem.

Esses fatos, contudo, serão discutidos em foro próprio e não se constituem na razão deste comunicado, cuja finalidade é tranqüilizar anunciantes, assinantes, leitores e o público em geral, dando-lhes a certeza de que logo o Jornal voltará a circular com a qualidade que sempre o pautou, quando de nossa gestão, durante quase 90 anos. Assim, sentimo-nos obrigados a informar que a CBM, ao tomar a drástica decisão de denunciar de modo unilateral o contrato, arcará com todos os encargos decorrentes deste ato, que nós repudiamos e enfrentaremos com decisão.

GAZETA MERCANTIL S/A

GAZETA MERCANTIL PARTICIPAÇÕES S/A”

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