O Ministério Público Federal em Santa Catarina denunciou 31 pessoas investigadas pela operação batizada como Influenza. Deflagrada em junho de 2008, essa operação prendeu 24 pessoas suspeitas de participar de dois esquemas distintos de lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia, o Porto de Itajaí era o centro da operação.
Os 31 denunciados são acusados pelo MPF de formação de quadrilha, falsidade documental, crimes financeiros, corrupção ativa, tráfico de influência, estelionato, lavagem de dinheiro, e fraude à licitação.
A denúncia foi relatada pela Procuradoria Especializada de Combate ao Crime Organizado e trata somente “daqueles fatos cuja investigação encontra-se exaurida”. O MPF pede, ainda, o prosseguimento das investigações. A ação corre em segredo de Justiça na 1ª Vara Federal Criminal de Florianópolis, especializada em crimes financeiros, lavagem de dinheiro e organizações criminosas.
O MPF também ajuizou manifestação para que fosse mantida “a decisão da Justiça Federal, de setembro do ano passado, que anulou as escutas telefônicas produzidas na Justiça Estadual, mas que fossem consideradas lícitas e legítimas todas as provas angariadas em juízo competente”. A Justiça Federal afirmou que as escutas telefônicas foram anuladas “sob fundamento de ausência de distribuição (todas as autorizações partiram do Juiz Estadual plantonista), por falta de devida formalização do respectivo procedimento e também por falta de ciência ao MP”.
O MPF, no entanto, diz que “seria extremamente injusto transpor-se tais ilegalidades às provas legitimamente produzidas perante o Juízo Federal. Os procedimentos foram totalmente diversos, não havendo motivos para que as provas recolhidas no Juízo Federal tenham o mesmo destino daquelas anuladas”. *Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-SC