Preocupados com a possibilidade da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) – de acabar com a exigência de diploma para jornalistas – se estender para outras profissões, a senadora Marisa Serrano (PSDB/MS), titular da Comissão de Educação Cultura e Esporte do Senado, e o professor Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física, vieram ao STF conversar com o ministro Gilmar Mendes sobre o profissional de Educação Física.
Depois da decisão, tomada pelo Plenário em 17 de junho na análise do Recurso Extraordinário (RE) 511961, “é claro e evidente que as profissões todas ficaram inseguras em saber se vão precisar de diploma ou não”, revelou a senadora. Em razão disso, Serrano explicou que veio conversar com o presidente do STF, para explicar ao ministro as peculiaridades da profissão, que apesar de fazer parte do contexto educacional, hoje está inserida também no contexto da área de saúde, conforme salientou Steinhilber.
Para desempenhar seu trabalho, o profissional de educação física precisa ter conhecimentos sobre a anatomia do corpo humano, sobre morfologia, entre outras habilidades, explicou a senadora. O profissional de Educação Física é o responsável pela educação para a saúde. “É uma questão de risco para a sociedade o trabalho de atividade física, seja com jovem, gestante, adultos ou idosos não ser prestado por profissional devidamente habilitado, com formação”, emendou Steinhilber.
Hoje em dia, questões como obesidade, sedentarismo e estresse passam pela necessidade de realizar exercício físico, como parte do tratamento. “Se você não fizer exercício bem feito, se errar a dosagem, se fizer um trabalho mal conduzido, você pode ter lesões físicas, sociais e até morais”, concluiu Steinhilber.