O TJ (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul demitiu na semana passada a servidora Laura Célia Nunes da Cunha de Arruda, lotada na Corregedoria-Geral de Justiça do Tribunal.
Ela foi demitida a bem do serviço público, depois de ser alvo de dois processos administrativos. Em um deles, foi provado que Laura cancelou um processo virtual que corria contra ela no Juizado Especial Central, já com sentença condenatória contra a servidora.
No processo, ela é condenada a pagar a um outro servidor do Judiciário R$ 5,6 mil referente a um empréstimo verbal não pago. Segundo consta do processo, o colega de Laura Célia, cujo nome será preservado, contraiu um empréstimo em janeiro de 2009 consignado em folha de R$ 7 mil, com o compromisso de que ela pagasse as parcelas.
Como isso não ocorreu, ele foi à Justiça exigindo o pagamento, o que foi determinado em fevereiro deste ano. Com acesso ao sistema onde os processos virtuais são cadastrados, a servidora simplesmente cancelou os arquivos.
A tentativa foi descoberta e o processo reativado. A partir daí, ela foi alvo de investigação interna do TJ e no dia 23 de novembro, o Conselho Superior da Magistratura decidiu pela demissão,
No mesmo dia, foi julgado um outro procedimento administrativo disciplinar contra Laura Célia, de 2002, por causa da utilização de dólares em poder do Judiciário, de forma irregular. Novamente, a decisão foi pela demissão.
Neste caso, a justificativa da defesa foi de que a ordem para uso dos dólares foi de um superior, para cobrir despesas a fim do encerramento do exercício. O Conselho Superior da Magistratura entendeu que a servidora, mesmo alegando estar cumprindo ordem, não poderia ter feito o uso dos dólares, e decidiu pela demissão.
Laura Célia pode recorrer da decisão.