Por meio de auditorias, o TCU (Tribunal de Contas da União) descobriu superfaturamento e outras irregularidades em seis trechos da ferrovia Norte-Sul, também chamada de bioceânica, que deverá ligar sete estados brasileiros.
Os problemas provocam atrasos na construção da ferrovia e prejudicam Mato Grosso do Sul, já que um estudo prevê a extensão da estrada de ferro até o Estado, com um trecho de Panorama (SP) a Maracaju e Porto Murtinho. O transporte ferroviário é visto como alternativa para escoar a safra do Estado.
Quando concluída, a estrada de ferro terá 3,1 mil quilômetros, passando por Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Segundo reportagem de Lúcio Vaz publicada pela revista Isto É, os sobrepreços chegam a quase 20%, representando centenas de milhões de reais e reforçando “a imagem da ferrovia como um dos maiores símbolos da corrupção do País”.
A reportagem afirma ainda que investigações em andamento na Polícia Federal e no Ministério Público apontam para a possibilidade de a estrada de ferro ser uma das principais fontes que abastecem atualmente o caixa do PR, o partido de Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes demitido na última quarta-feira.