Uma mulher que matou seu companheiro foi condenada por homicídio privilegiado pelo Tribunal do Júri da comarca de Fazenda Nova. A pena aplicada pelo juiz Eduardo Perez Oliveira, que presidiu o júri, foi reduzida em 1/6, fixando em oito anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado.
O crime ocorreu no dia 28 de dezembro de 2017, no município de Novo Brasil. Nilça Fernandes dos Reis deu uma facada no companheiro Martim Nunes da Silva. Ela chegou a pedir ajuda após o fato, mas a vítima veio a óbito. O Ministério Público do Estado de Goiás defendeu a condenação da acusada como homicídio qualificado por motivo fútil, enquanto a defesa pediu pelo reconhecimento da causa de diminuição de pena. Os dois tinham brigas constantes e, nas alegações, a defesa contou que, no dia do crime, a vítima estava sob efeito de álcool e provocou a mulher, tentando, inclusive, forçar relações sexuais com Nilça.
Advogada na defesa
De acordo com o magistrado, uma novidade do júri em questão foi que, pela primeira vez na comarca de Fazenda Nova, uma advogada fez a defesa do júri, conseguindo convencer os jurados pela condenação por homicídio privilegiado, com diminuição de pena. No caso, a ré foi defendida pela advogada dativa Lorena Cristina Oliveira Batista.
“Eu fiquei muito feliz de ver uma advogada no júri, ocupando um espaço que é predominantemente masculino”, comentou o juiz Eduardo Perez Oliveira.