Terminou por volta das 23 horas (horário de Brasília) de ontem (23/07), no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, o primeiro dia de julgamento de Sandro Dota – ele é acusado de ser o autor da morte da cunhada, Bianca Ribeiro Consoli, de 19 anos, em 13 de setembro de 2011.
Julgamento – O júri teve início por volta das 15 horas. Logo após o sorteio do conselho de sentença – formado por quatro homens e três mulheres –, a juíza presidente do Quarto Tribunal do Júri, Fernanda Afonso de Almeida, iniciou a oitiva das testemunhas do processo – foram arroladas 18 testemunhas (cinco de acusação, oito de defesa, duas comuns e três do juízo).
Três testemunhas foram ouvidas no primeiro dia de julgamento: a mãe de Bianca, Marta Maria Consoli; a delegada responsável pelo inquérito policial, Gisele Priscila Capello Lelo; e o investigador Mauríciu Vestyik.
Marta Consoli esclareceu que Sandro Dota tinha as chaves da residência da família em razão da autorização para a utilização de uma máquina de lavar roupas. A mãe de Bianca frisou que Bianca “não gostava dele”.
A delegada Gisele Lelo informou que tanto o interesse sexual de Sandro Dota por Bianca Consoli, como o fato da jovem jamais ter correspondido, foram preponderantes para o crime. Vestyik, por sua vez, pontuou que a prova pericial atestou que o sangue colhido na calça do acusado era compatível com a pele encontrada sob as unhas da vítima – Dota se recusou a colher sangue para a comparação por exames de DNA.
Acusação – Sandro Dota é acusado das práticas de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e estupro – ele está preso preventivamente desde 12 de dezembro de 2011.
A acusação do Ministério Público está sob a responsabilidade do promotor de Justiça Nelson dos Santos Pereira Júnior. O advogado Ricardo Martins é responsável pela defesa de Sandro Dota.
O júri popular está previsto para ser retomado a partir das 10 horas desta quarta (24/07).